sábado, 7 de abril de 2018

Como saber se a seda é 100% verdadeira


A seda, por ser um tecido muito valioso, muito caro, com certeza é um dos que mais vale a pena ser falsificado.


Para prevenir tais problemas é importante o comprador saber quais as características de um tecido de seda 100% autêntico e de algumas imitações.

A seda é um tipo de fio, sendo que a trama utilizada pode acabar com diversos tipos de apresentação diferentes, desde uma transparência como musseline, chifon e georgette de seda que são tecidos que dificilmente vão ser usados para fazer gravatas, posto que transparentes, se parecendo com véus, passando por uma trama mais densa e lisa, acetinada como cetim de seda, tafetá de seda até algo mais áspero como crepe e jacquard de seda.

Muito embora seja interessante identificar as características de cada tipo diferente de tecido (seda é o fio, o tecido pode ter vários nomes), não é essa a intenção do presente artigo, sendo que em momento oportuno vamos escrever sobre os diferentes tipos de tecido feitos com cada fio. Há também gêneros e espécies, sendo que um crepe, propriamente, pode se referir a um tecido mais fechado, ou, se for um crepe de musseline, vai ser uma transparência.

Não tem muito segredo, para saber o tanto de brilho esperar de um cetim ou tafetá de seda, tem que ter referenciais, uma vez que tecidos sintéticos, por serem polivinílicos e poliestireno e até Politereftalato de Etileno (PET) também apresentam brilho, sendo que podem ser até mais lustrosos que a própria seda. Dessa forma, escolher o mais cintilante não é uma boa estratégia.

Mas além de referências visuais, às vezes é necessário alguma forma mais objetiva de percepção, posto que até os olhos mais experientes, por causa da estampa e de uma série de tratamentos químicos, pode se confundir, ainda mais em uma situação que demanda uma decisão rápida.

Por causa disso, nós decidimos contar um segredo, uma técnica para saber se a seda da gravata, quer seja ela um chifom, musseline ou georgette, até um crepe ou jacquard é verdadeira.

Para testar se a seda é verdadeira ou não, basta passar pelo fogo, de preferência de uma vela, uma das beiradas do tecido, aquela que costuma desfiar, porque não costurada, de preferência, no caso das gravatas, por entre a linha com que foi alinhavada de forma mais espaçada no avesso da gravata.

importante ser o fogo de uma vela porque a fuligem que a vela solta é importante para o teste e o calor da chama não é tão grande.

A seda não propaga fogo, não derrete as fibras e o cheiro resultante, assim como da lã, lembra cabelo
queimado. Quando passa o tecido pelo fogo, pode queimar se ficar parado por muito tempo, mas se passar de forma lenta, mas contínua, apenas vai formar um sedimento preto de fuligem que sai facilmente quando esfrega o tecido com os dedos.

Alguns tecidos sintéticos não propagam fogo também, mas o diferencial é que o desfiado é interrompido, ficando as fibras da ponta do tecido com um aspecto de solda. Isso não é bom, nem mau. A seda continua desfiando, mesmo queimada.

Fibras como a viscose e o algodão apresentam um cheiro mais parecido com celulose queimada, um cheiro que lembra o papel sendo queimado, com queima rápida e com labaredas altas, assim como papel.

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